Freud – A interpretação dos Sonhos, Capítulo 1: (G) Teorias do sonhar e de sua função

Resumo do Texto “Teorias do Sonhar e de Sua Função” por Sigmund Freud

O texto “Teorias do Sonhar e de Sua Função” de Sigmund Freud apresenta um panorama das diversas teorias sobre os sonhos existentes na época em que foi escrito (início do século XX). Freud as divide em três categorias principais:

1. Teorias da vigília parcial:

  • Afirmam que os sonhos são o resultado de um estado de vigília incompleto, no qual a mente não funciona plenamente.
  • Consideram os sonhos como um processo somático, sem valor psíquico, e atribuem sua origem a estímulos externos e internos que perturbam o sono.
  • Exemplos: Teoria de Delbœuf, Teoria de Binz.

2. Teorias da atividade psíquica reduzida:

  • Propõem que os sonhos são causados por uma diminuição da atividade psíquica durante o sono, levando à produção de pensamentos desconexos e incoerentes.
  • Enfatizam a natureza fragmentada e absurda dos sonhos como evidência dessa atividade psíquica reduzida.
  • Exemplo: Teoria do estado de vigília parcial, defendida por Maury e outros.

3. Teorias da atividade psíquica especial:

  • Sugerem que os sonhos representam uma atividade psíquica especial, diferente daquela da vigília, que se manifesta durante o sono.
  • Atribuem aos sonhos uma função útil, como a liberação de emoções reprimidas, a resolução de problemas e o estímulo à criatividade.
  • Exemplos: Teoria de Robert, Teoria de Scherner.

Observações:

  • Freud critica as teorias da vigília parcial e da atividade psíquica reduzida por não oferecerem explicações satisfatórias para a complexidade e o significado dos sonhos. Ele também questiona a ideia de que os sonhos sejam processos meramente somáticos, sem valor psíquico.
  • Em contraste, Freud demonstra maior apreço pelas teorias da atividade psíquica especial, que reconhecem a importância da mente na produção dos sonhos. No entanto, ele também critica essas teorias por não fornecerem uma explicação clara sobre como a mente funciona durante o sono e qual a relação entre os sonhos e a vida desperta.
  • Freud propõe que os sonhos são um meio de acesso ao inconsciente, onde estão armazenadas memórias, desejos e pensamentos reprimidos. Ele argumenta que a análise dos sonhos pode ser uma ferramenta valiosa para o autoconhecimento e para a terapia psicanalítica.
  • O texto apresenta um panorama das principais teorias sobre os sonhos existentes na época em que foi escrito.
  • Freud critica as teorias da vigília parcial e da atividade psíquica reduzida e demonstra maior apreço pelas teorias da atividade psíquica especial.
  • Freud propõe que os sonhos são um meio de acesso ao inconsciente e podem ser uma ferramenta valiosa para o autoconhecimento e para a terapia psicanalítica.
  •  “S’ils ont été fortement épris, presque jamais ils n’ont rêvé l’un de l’autre avant le mariage ou pendant la lune de miel; et s’ils ont rêvé d’amour c’est pour être infidèles avec quelque personne indifférente ou odieuse.” tradução “Se foram intensamente apaixonados, quase nunca sonharam um com o outro antes do casamento ou durante a lua de mel; e se sonharam com amor, foi para ser infiel com alguma pessoa indiferente ou odiosa.”
  • Prévia do inconsciente: Mas esse material de representações possui uma característica comum: provém de impressões que provavelmente afetaram nossos sentidos com mais intensidade do que nossa inteligência, ou das quais nossa atenção foi desviada logo depois que surgiram. Quanto menos consciente e, ao mesmo tempo, mais poderosa tenha sido uma impressão, mais possibilidade tem ela de desempenhar um papel no sonho seguinte. Temos aqui o que são, essencialmente, as duas mesmas categorias de impressões enfatizadas por Robert: as triviais e as que não foram trabalhadas. pg. 
  • Simbologia: “Assim, o pulmão que respira será simbolicamente representado por uma fornalha flamejante, com chamas a crepitar com um som semelhante ao da passagem de ar; o coração será representado por caixas ou cestas ocas, a bexiga por objetos redondos em forma de sacos ou, mais genericamente, por objetos ocos. Um sonho causado por estímulos
    provenientes dos órgãos sexuais masculinos poderá fazer com que o sonhador encontre na rua a parte superior de um clarinete ou a boquilha de um cachimbo, ou ainda um pedaço de pele de animal. Aqui, o clarinete e o cachimbo representam a forma aproximada do órgão masculino, enquanto a pele representa os pelos pubianos. No caso de um sonho sexual numa mulher, o espaço estreito em que as coxas se unem pode ser representado por um pátio estreito cercado de casas, enquanto a vagina é simbolizada por uma trilha lisa, escorregadia e muito estreita, que atravessa o pátio, por onde a sonhadora terá que passar, talvez, para levar uma carta a um cavalheiro” (Volkelt, op. cit., p. 34).

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