Freud – A interpretação dos Sonhos, Capítulo 1: (D) Por que nos esquecemos dos sonhos após despertar

Resumo do Texto de Freud:

“Por que nos Esquecemos dos Sonhos Após Despertar”
O texto de Freud aborda a questão do esquecimento dos sonhos após o despertar, explorando as causas e as dificuldades na sua recordação.
Freud inicia com a observação de que os sonhos são tipicamente esquecidos pela manhã, embora possam ser lembrados posteriormente. Ele reconhece a variabilidade na lembrança, com alguns sonhos sendo totalmente esquecidos, enquanto outros permanecem vívidos por muito tempo.
Seguindo a linha de Strümpell, Freud destaca várias causas para o esquecimento:

  1. Fraqueza da imagem onírica: Sonhos com imagens pouco intensas são mais facilmente esquecidos.
  2. Natureza única do sonho: Como experiências únicas, os sonhos têm menor chance de serem memorizados.
  3. Falta de coesão e inteligibilidade: A desordem e falta de lógica inerente aos sonhos dificultam a retenção na memória.
  4. Pressão do mundo exterior: As percepções do dia a dia sobrepõem-se às imagens oníricas, esmaecendo-as.
  5. Pouco interesse: A falta de atenção aos sonhos contribui para o seu esquecimento.

Freud analisa também as explicações adicionais de Bonatelli, que se encaixam nas ideias de Strümpell.
Apesar de todas essas razões, Freud enfatiza que é surpreendente que tantos sonhos sejam lembrados. Ele reconhece que a lembrança de sonhos é complexa e ainda não totalmente compreendida. Ele destaca a dificuldade de precisar as normas que regem a lembrança dos sonhos, admitindo a possibilidade de falhas na recordação.
Diversos autores, como Jessen e Egger, concordam que a lembrança dos sonhos pode ser distorcida por interpolações e complementação imaginativa.
Freud conclui que a falta de confirmação objetiva para a veracidade da lembrança dos sonhos diminui seu valor para a análise crítica. A mente, na sua busca por coerência, tende a preencher lacunas e criar uma narrativa organizada, mesmo que essa narrativa seja falsa.
O texto de Freud demonstra a complexidade do esquecimento dos sonhos, destacando as dificuldades em se chegar a conclusões definitivas sobre a natureza e a validade da recordação dos sonhos.

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