Livro: Quando Nietzsche Chorou

Leitura em Grupo: Quando Nietzsche Chorou — Um Encontro Entre Filosofia e Psicanálise

Neste mês, nosso grupo de leitura escolheu uma obra que atravessa os limites entre a ficção, a filosofia e os primórdios da psicanálise: Quando Nietzsche Chorou, de Irvin D. Yalom. O livro, aclamado por sua profundidade e originalidade, nos convida a refletir sobre o sofrimento, a liberdade, o amor e o nascimento de uma nova forma de escuta — o diálogo terapêutico.

A narrativa imagina um encontro entre dois grandes nomes do século XIX: Josef Breuer, médico vienense e mentor de Freud, e Friedrich Nietzsche, o filósofo do martelo. Por meio dessa relação fictícia, mas profundamente simbólica, o autor constrói uma verdadeira jornada de autoconhecimento, entrelaçando os dilemas existenciais com os conceitos filosóficos que moldaram o pensamento moderno.

📅 Nosso encontro online será no dia 10 de julho, às 21h (horário de Brasília), via Google Meet.
Será um momento de troca, escuta e aprofundamento, aberto a todos os que desejam mergulhar nas questões essenciais da existência.

Se você ainda não iniciou a leitura, ainda dá tempo! Traga suas anotações, suas perguntas e, principalmente, sua escuta atenta.
Vamos juntos percorrer essa travessia interior — onde, talvez, como Nietzsche e Breuer, possamos também nos curar por meio da palavra.

Conhece meus livros? estão disponíveis na AMAZON!

Agende sua sessão online! CLIQUE AQUI

ou

fale comigo diretamente comigo: Whatsapp 

(61) 98268 0880 

 

por Leonid R. Bózio
Brasília,  de 2025 anno Domini

1. Contexto Histórico e Literário

  • Local: Viena, final do século XIX.

  • Época de efervescência filosófica, médica e psicológica.

  • Encontro fictício entre dois personagens históricos reais: Friedrich Nietzsche (filósofo) e Josef Breuer (médico, mentor de Freud).

  • A obra mistura ficção e elementos históricos, com uso de anacronismos intencionais para gerar reflexão.


2. Personagens Principais

Josef Breuer

  • Médico vienense, pioneiro da psicanálise.

  • Está em crise existencial e conjugal.

  • Desempenha o papel de “terapeuta”, mas passa por transformação pessoal profunda.

Friedrich Nietzsche

  • Filósofo brilhante, solitário e com problemas de saúde (física e psíquica).

  • Inicialmente resistente à ajuda, mas aos poucos se abre ao autoconhecimento.

  • Rejeita a compaixão e valoriza a autonomia radical do sujeito.

Lou Salomé

  • Musa intelectual de Nietzsche.

  • Motivo indireto do encontro com Breuer.

  • Figura inspiradora e enigmática.

Sigmund Freud

  • Jovem estudante de medicina, aprendiz de Breuer.

  • Participa pontualmente na narrativa, sugerindo elementos que futuramente formarão a psicanálise.


3. Trama e Conflitos

  • Lou Salomé procura Breuer para que ele ajude Nietzsche, que está em crise.

  • Breuer aceita o desafio de tratar Nietzsche sem que este saiba que está sendo analisado.

  • A relação se inverte: Nietzsche desafia Breuer, e este é quem acaba sendo tratado em um jogo dialético e filosófico.

  • Ambos enfrentam suas sombras interiores: angústia, solidão, desejo, medo da liberdade.


4. Temas Centrais

  • Liberdade e Vontade de Poder: Inspirado em Nietzsche, a ideia de criar a si mesmo sem depender do outro.

  • Eterno Retorno: Reflexão sobre viver a vida como se fosse repeti-la eternamente.

  • Autoconhecimento: Através do diálogo, ambos confrontam suas contradições.

  • Morte, Dor e Solidão: A angústia diante da finitude e do isolamento.

  • O nascimento da psicoterapia: Antecipação de conceitos que Freud e Breuer desenvolveriam futuramente.


5. Momentos-Chave

  • O “tratamento reverso”: Nietzsche recusa ajuda médica e passa a interrogar Breuer.

  • O sonho de Breuer com a esposa e Nietzsche, catalisando seu processo interno.

  • O jogo filosófico que obriga os dois a confrontar suas crenças e dores.

  • A despedida de Nietzsche, sugerindo transformação em ambos.


6. Filosofia na Ficção

  • A obra traduz conceitos complexos da filosofia nietzschiana em linguagem narrativa acessível.

  • Utiliza o diálogo terapêutico como veículo para temas filosóficos profundos.

  • Mostra como o pensamento pode ser transformador quando vivido, não apenas lido.


7. Transformações dos Personagens

  • Breuer: Passa do desespero ao renascimento interior. Aprende a lidar com sua liberdade e desejos reprimidos.

  • Nietzsche: Permanece enigmático, mas sugere uma abertura sutil ao outro e ao cuidado consigo.

  • Ambos se curam ao “conversar com suas feridas”.


8. Lições Finais

  • O sofrimento pode ser uma via para a construção de sentido.

  • A escuta é uma forma de cura.

  • A filosofia pode ser terapia para a alma.

  • A psicanálise nasce como espaço de verdade, não de cura imediata.


9. Frases-Chave para Discussão

  • “É preciso ter caos dentro de si para dar à luz uma estrela dançante.”

  • “Aquilo que fazemos por amor sempre acontece além do bem e do mal.”

  • “O desespero é o preço que pagamos pela autoconsciência.”

Deixe um comentário