Na Viena do final do século XIX e início do século XX, um notável psicanalista e médico austríaco, Alfred Adler, moldou o cenário da psicologia com suas ideias inovadoras. Nascido em 1870 em Rudolfsheim, Áustria-Hungria, Adler se destacou como um dos pioneiros da psicologia e fundou a escola de Psicologia Individual.
Distinguido por sua abordagem única em relação aos contemporâneos, Adler se destacou ao enfatizar a importância dos sentimentos de pertencimento, da dinâmica familiar e da ordem de nascimento. Essas ênfases o separaram das teorias de Sigmund Freud e de outros membros proeminentes do círculo psicanalítico.
Uma de suas contribuições notáveis foi a introdução do conceito de “complexo de inferioridade”. Ele acreditava que sentimentos de inadequação e inferioridade desempenhavam um papel fundamental no desenvolvimento da personalidade. Isso se tornou uma pedra angular de sua teoria.
Adler considerava o ser humano como um todo indivisível e, portanto, chamava sua abordagem de “Psicologia Individual”. Ele foi o pioneiro em destacar a importância do elemento social no processo de ajuste psicológico do indivíduo, introduzindo a ideia do “interesse social” ou “Gemeinschaftsgefühl” como a base para o senso de valor e pertencimento na família e na sociedade.
Adler não apenas teorizou, mas também agiu. Ele foi o primeiro a levar a psiquiatria para a comunidade, reconhecendo a relevância de sua aplicação no mundo real. Seus esforços resultaram na criação de clínicas de orientação infantil nas décadas de 1920 e 1930.
A influência de Adler foi duradoura, tanto na Europa quanto nos Estados Unidos, onde se tornou professor visitante na Universidade de Columbia em 1927. Seu trabalho continuou a prosperar através de seguidores e instituições dedicadas à Psicologia Individual.
Alfred Adler, com sua abordagem única e visão inovadora, deixou um legado sólido na psicologia, destacando a importância da interação social, do sentimento de pertencimento e do equilíbrio entre as dinâmicas familiares para o entendimento da psicologia humana. Suas contribuições perduram e continuam a influenciar o campo da psicologia contemporânea.