Sessões de Psicanálise Online
A sessão de psicanálise online tem uma duração padrão de 50 minutos, durante os quais focamos, na maior parte do tempo, na técnica da livre associação. As sessões podem ser realizadas via Skype ou Google Meet, e eu entrarei em contato com você para agendarmos um horário. Meu objetivo é criar um ambiente no qual você se sinta seguro e à vontade para se expressar livremente. A sua cura virá através da sua fala.
Se você quiser entender melhor essa abordagem psicanalítica, organizei alguns textos que podem oferecer direcionamento. Caso tenha dúvidas, entre em contato!
Psicanálise e a Livre Associação
A livre associação é uma técnica central na psicanálise, onde o paciente expressa, sem censura, o conteúdo de sua consciência, ajudando a acessar processos inconscientes. Sigmund Freud desenvolveu essa técnica a partir das experiências clínicas com seu mentor, Josef Breuer.
Para Freud, a importância da livre associação está em permitir que o paciente fale por si mesmo, trabalhando com seu próprio material psíquico, em vez de seguir sugestões ou orientações do analista.
Origem da Livre Associação
Freud criou a técnica como uma alternativa à hipnose, ao perceber que a hipnose tinha limitações, sendo sujeita a falhas e interferências. A nova técnica foi particularmente influenciada por sua experiência com Miss Elisabeth, uma de suas primeiras pacientes, que protestou contra as interrupções em suas sessões de hipnose.
Como Ernest Jones destaca em The Life and Works of Sigmund Freud, a livre associação foi desenvolvida gradualmente entre 1892 e 1895, refinando-se ao longo do tempo, afastando-se de métodos como hipnose e sugestão.
Freud também citou como influências para a técnica uma carta de Schiller, que defende que, em mentes criativas, a Razão relaxa sua vigilância, permitindo que ideias fluam livremente. Além disso, Freud menciona um ensaio de Ludwig Börne, que propôs escrever tudo o que viesse à mente sem censura, o que pode ter influenciado a concepção da livre associação.
Outras Influências
A técnica da livre associação também pode ter sido influenciada pelos trabalhos de Edmund Husserl e Sir Francis Galton. Argumenta-se que Galton pode ser o verdadeiro precursor da técnica, cujos estudos Freud conhecia através da revista Brain, da qual era assinante.
A livre associação ainda compartilha semelhanças com o “fluxo de consciência” literário, empregado por autores como Virginia Woolf e Marcel Proust. James Strachey, psicanalista, considerou a livre associação como “o primeiro instrumento para o exame científico da mente humana.”
A livre associação também compartilha algumas características com a ideia de fluxo de consciência, empregada por escritores como Virginia Woolf e Marcel Proust : “toda ficção de fluxo de consciência é muito dependente dos princípios de livre associação “. Freud chamou a livre associação de “esta regra técnica fundamental de análise … Instruímos o paciente a se colocar em um estado de auto-observação tranquila e irrefletida e a nos relatar quaisquer observações internas que seja capaz de fazer” – tomando cuidado, não “excluir qualquer um deles, seja por ser muito desagradável ou muito indiscreto para dizer, ou por ser muito sem importância ou irrelevante , ou por ser absurdo e desnecessário dizer“. [7]
O psicanalista James Strachey (1887-1967) considerou a associação livre como ‘o primeiro instrumento para o exame científico da mente humana‘.
Veja também:
Bibliografia
1. Ernest Jones, The Life and Works of Sigmund Freud
2. Janet Malcolm, Psychoanalysis: The Impossible Profession
3. Peter Koestenbaum, Introductory essay to The Paris Lectures by Husserl
4. Eysenck, Hans (1991). Decline and Fall of the Freudian Empire
5. Robert Hughes, Stream of Consciousness in the Modern Novel
6. Sigmund Freud, Introductory Lectures on Psycho-Analysis
7. James Strachey, “Sigmund Freud”, in Sigmund Freud, On Sexuality
por Leonid R. Bózio
Brasília, primavera de 2021 anno Domini
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