Psicanálise e Psicossomática: Hipertensão Arterial – A hipertensão arterial, conhecida popularmente como pressão alta, é uma condição médica caracterizada pela elevação persistente da pressão sanguínea nas artérias. Embora fatores genéticos, dietéticos e ambientais sejam amplamente reconhecidos como contribuintes para o seu desenvolvimento, a dimensão psicológica dessa condição merece atenção especial. A psicossomática, campo que investiga a interação entre mente e corpo, oferece insights valiosos sobre como aspectos emocionais podem influenciar ou até mesmo desencadear a hipertensão arterial.
A Perspectiva Psicossomática da Hipertensão
A psicossomática sugere que certas doenças físicas podem ser manifestações de conflitos emocionais não resolvidos ou do estresse psicológico crônico. No caso da hipertensão arterial, alguns fatores psicológicos podem estar diretamente envolvidos, tais como:
- Repressão da raiva: Indivíduos que não expressam sua raiva de maneira adequada podem internalizar tensão, o que leva ao aumento da pressão arterial.
- Ansiedade crônica: O estado de alerta constante, característico da ansiedade, ativa o sistema nervoso simpático, resultando na elevação da pressão sanguínea.
- Estresse prolongado: Situações de estresse continuado podem desencadear a liberação excessiva de hormônios como o cortisol, contribuindo para o quadro de hipertensão.
- Sentimentos de culpa e autocobrança excessiva: Pessoas que se impõem altos padrões de desempenho podem desenvolver hipertensão como consequência da tensão emocional contínua.
- Dificuldade em estabelecer limites: Indivíduos que têm dificuldades em dizer “não” e assumem responsabilidades excessivas podem desenvolver sintomas hipertensivos devido à sobrecarga emocional.
O Papel da Psicanálise no Tratamento da Hipertensão
A psicanálise, fundada por Sigmund Freud, busca explorar o inconsciente e trazer à tona conflitos internos que podem estar afetando a saúde mental e física do indivíduo. Ao abordar a hipertensão sob uma lente psicanalítica, o objetivo é identificar e trabalhar os conflitos emocionais subjacentes que podem estar contribuindo para a elevação da pressão arterial.
Através do processo terapêutico, o paciente é encorajado a explorar suas emoções, experiências passadas e padrões de comportamento. Essa exploração pode revelar fontes de estresse ou traumas que, quando não resolvidos, manifestam-se fisicamente. Ao reconhecer e processar essas questões, o indivíduo pode desenvolver mecanismos mais saudáveis de lidar com o estresse, potencialmente levando a uma redução na pressão arterial.
Integrando Abordagens para um Tratamento Eficaz
Embora a psicanálise ofereça uma compreensão profunda dos aspectos emocionais relacionados à hipertensão, é crucial integrar essa abordagem com tratamentos médicos convencionais. A colaboração entre médicos, psicólogos e psicanalistas pode proporcionar um plano de tratamento holístico, abordando tanto os fatores físicos quanto emocionais da doença.
Além disso, mudanças no estilo de vida, como a adoção de uma dieta balanceada, prática regular de exercícios físicos e técnicas de relaxamento, podem complementar o tratamento, promovendo uma melhor qualidade de vida e controle da pressão arterial.
Considerações – Psicanálise e Psicossomática: Hipertensão Arterial
A hipertensão arterial é uma condição multifacetada, influenciada por uma combinação de fatores físicos e emocionais. Através da lente da psicossomática e da psicanálise, é possível compreender melhor como os conflitos emocionais e o estresse psicológico podem contribuir para o desenvolvimento e a manutenção da pressão alta. Ao integrar abordagens terapêuticas que consideram tanto a mente quanto o corpo, os pacientes têm a oportunidade de alcançar um tratamento mais completo e eficaz.
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por Leonid R. Bózio
Brasília, poucos dias para o final do primeiro trimestre de 2025 anno Domini