Psicanálise e agressividade: como a psicanálise pode me ajudar?

Psicanálise e agressividade: Uma Reflexão sobre o Psiquismo Humano –  Para Sigmund Freud a agressividade está intimamente ligada às pulsões humanas e desempenha um papel fundamental na dinâmica do psiquismo. Neste artigo, exploramos o conceito de agressividade sob a ótica freudiana,  além disso, discutimos como a psicanálise pode ajudar a compreender e lidar com a agressividade.
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O que é a agressividade segundo Freud?

Na visão freudiana, a agressividade não é apenas uma reação externa ou um ato de violência explícita. Ela é uma força interna, parte das pulsões que regem o comportamento humano. Em sua obra “Além do Princípio do Prazer” (1920), Freud introduz o conceito de pulsão de morte (Thanatos), que atua em oposição à pulsão de vida (Eros). A agressividade seria uma manifestação dessa pulsão destrutiva, podendo se voltar tanto para o exterior quanto para o próprio indivíduo.

Em “O Mal-Estar na Civilização” (1930), Freud afirma:

“A inclinação para a agressividade é uma disposição instintiva, original e autônoma do ser humano.”

Essa visão sugere que a agressividade é intrínseca à natureza humana, mas ela é moldada e reprimida pelo convívio social e pelas normas culturais.


Como a psicanálise pode ajudar na agressividade?

A psicanálise oferece ferramentas importantes para lidar com a agressividade, ajudando o indivíduo a compreender suas origens e a encontrar formas mais saudáveis de expressão. Eis como isso é possível:

  1. Acesso ao inconsciente:
    Através da análise de sonhos, associações livres e lapsos, a psicanálise investiga os desejos e conflitos inconscientes que podem alimentar comportamentos agressivos. Muitas vezes, a agressividade é uma expressão simbólica de algo reprimido.
  2. Reconhecimento das pulsões:
    Ao compreender o papel das pulsões de vida e de morte no psiquismo, o paciente pode perceber como forças internas influenciam suas ações. Esse autoconhecimento permite maior controle sobre impulsos destrutivos.
  3. Resignificação de traumas:
    Muitas vezes, a agressividade está ligada a experiências traumáticas ou frustrações reprimidas. O trabalho analítico permite que essas vivências sejam elaboradas, reduzindo a necessidade de expressá-las por meio de comportamentos agressivos.
  4. Fortalecimento do ego:
    Em “O Ego e o Id” (1923), Freud destaca a importância do ego na mediação entre as pulsões do id e as demandas do superego e da realidade externa. A psicanálise ajuda a fortalecer o ego, promovendo a capacidade de lidar com conflitos internos de forma menos impulsiva e mais equilibrada.
  5. Expressão simbólica:
    Freud acreditava que a sublimação é uma forma saudável de canalizar a agressividade. A psicanálise pode ajudar o indivíduo a transformar sua energia agressiva em ações produtivas, como práticas artísticas, esportivas ou profissionais.

Considerações: como a psicanálise pode me ajudar com a agressividade?

A agressividade é uma parte da condição humana, mas isso não significa que ela deva ser destrutiva. A psicanálise freudiana oferece um caminho para compreender as raízes dessa força, ajudando os indivíduos a reconhecerem e transformarem seus impulsos agressivos em algo construtivo. Como Freud destacou em “O Mal-Estar na Civilização”, o autoconhecimento é a chave para conviver com nossa natureza instintiva em harmonia com as exigências da vida em sociedade.

Se você busca compreender melhor seus próprios impulsos ou lidar com conflitos internos, a psicanálise pode ser uma aliada poderosa nesse processo.

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por Leonid R. Bózio
Brasília, nas últimas semanas de 2024 anno Domini

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