A Interrupção de Sessão na Psicanálise: quando o paciente interrompe a sessão – Na prática psicanalítica, o corte de uma sessão é uma técnica amplamente utilizada, especialmente em abordagens como a lacaniana, onde o analista realiza o “corte” para marcar um momento significativo no discurso do paciente. No entanto, e quando é o paciente que decide interromper a sessão? Embora seja um tema menos discutido, essa dinâmica também faz parte do processo terapêutico, trazendo reflexões importantes sobre a relação analítica e a liberdade do analisando.
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A importância da interrupção da sessão pelo paciente
É fundamental que o paciente sinta que tem a liberdade de encerrar a sessão se perceber essa necessidade. A relação entre o psicanalista e o analisando é colaborativa, e o respeito aos limites e necessidades individuais é essencial para um ambiente terapêutico saudável. Seja por um desconforto momentâneo, por um insight que precisa de tempo para ser processado, ou até por um esgotamento emocional, a interrupção da sessão pelo paciente se torna um elemento relevante a ser trabalhado posteriormente na análise.
O papel do analista ao lidar com a interrupção
A aceitação do corte pelo analista, seja ele feito por iniciativa do paciente ou como parte do método, demonstra uma relação terapêutica baseada no respeito e na compreensão das necessidades do analisando. Essa atitude respeitosa assemelha-se ao ato de interromper uma refeição para “digerir” o que foi consumido: é uma pausa para a assimilação do que foi discutido.
Motivações para a interrupção: resistência e dificuldades emocionais
A interrupção da sessão pelo paciente pode ter várias motivações, incluindo resistência ao processo ou a abordagem de temas emocionalmente difíceis. Tais situações oferecem um material valioso para o progresso terapêutico, pois permitem que o analista e o paciente explorem, em conjunto, os motivos inconscientes que podem estar influenciando essa atitude.
Interrupção como oportunidade para o aprofundamento na análise
Ao contrário do que pode parecer, a interrupção da sessão não representa um fracasso. Pelo contrário, é uma oportunidade de aprofundamento e uma janela para o inconsciente, permitindo que o que foi dito — ou até o que ficou em silêncio — seja explorado e compreendido em um nível mais profundo.
Reflexão final: A Interrupção de Sessão na Psicanálise
O corte de sessão, tanto pela iniciativa do psicanalista quanto do paciente, reflete a dinâmica única de cada processo terapêutico. Em última análise, é a sensibilidade e o respeito mútuo que tornam a análise um espaço de transformação pessoal. Esses momentos de interrupção, longe de serem obstáculos, funcionam como oportunidades de crescimento e autoconhecimento, respeitando o tempo e as necessidades de quem está em análise.
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Leonid R. Bózio
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Tem a questão do tempo de duração da análise q tb acho interessante abordar.
Para alguns a análise é pra sempre e nessa perspectiva os críticos ressaltam q isso geraria uma dependência do analisando em relação ao analista.
Os defensores alegam q a análise seria p vida toda pq a vida é dinâmica e a angústia q levou o analisando ao setting terapêutico pode ter sido elaborada, mas virão outras no percurso do caminho. E por isso a análise “eterna”
Já alguns acreditam q a análise tem seu fim qdo o analisando já se encontra apto a fazer suas próprias elaborações.
Nesse sentido, os opositores, ressaltam q a intervenção do analista é fundamental sempre, msm qdo já se tem conhecimento da psicanálise, prova disso seria q psicanalistas tb devem fazer análise e inclusive supervisão. Pois qdo a angústia nos transpassa ou a contratransferência vem, dificilmente conseguimos uma elaboração satisfatória sozinhos.
Conforme os argumentos acima, poderíamos dizer q não existe certo ou errado, o q vale é q cada caso é um caso e conforme ele vai se apresentando vai se delineando o q seria mais viável.
(Esse recorte pode sofrer alteração conforme as discussões rs)
o certo e errado…já fazem parte do diálogo contínuo entre o psicanalista e analisando. Esse corte, esse fim, é sempre algo delicado e dever ser levado da maneira mais suave possível para que a caminhada de ambos possa continuar da melhor maneira possível.